De repente deu-me uma neura! Estava tão bem, mas tudo mudou de um momento para o outro! E sou a única culpada! Fazes-me falta M. A tua calma, é um bálsamo para a minha alma, cheia de speed. Eu sou tão descuidada comigo, sei que não posso abrir algumas portas para ver lá para dentro, mas não, tenho de abrir e meter a cabeça lá dentro para ficar com a neura? Nunca em tempo algum, eu consegui tanta calma comigo, como quando me dizias com a tua calma natural, para abrandar, de nada me servia a pressa? E aí, abrandava o passo, abrandava a conversa, abrandava tudo em mim. Agora não tenho quem me ponha travão, não tenho quem me impeça de espreitar as portas que não deveria sequer passar perto, muito menos espreitar para dentro das mesmas. Eu tenho pressa, sempre, até de me estampar tenho pressa. Quem me põe travões? Não consigo resistir, é mais forte que eu... sou pior que os gatos, meto o nariz onde sei que me posso estampar, mas há algo mais forte que me chama. Falta-me o contraponto, que me abrandava. Sou como tu, que pondo travões em mim, quando estavas sozinho também te estampavas de frente. Só que escondias-te para que ninguém se estampasse contigo, e eu sem travões sou um perigo, levo tudo e todos na frente. E agora deu-me uma neura, não tinha quem me pusesse travões, de um momento para outro passei-me, virei fera pronta a estraçalhar tudo, felizmente, lembrei uma voz suave que me dizia "shhh, calma". Arrepiei, mas abrandei, evitando o efeito furacão que estava pronta a fazer passar.
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