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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vou abrir a boca...

Nunca abordei este tema aqui no blog, mas visto que já estou a ficar farta de ouvir falar de um referendo, sobre um assunto que já está mais que debatido e que a ser referendado só servirá para gastar dinheiro dos contribuinte, vou hoje por a pata na argola e esperar que puxem a corda e me enforquem, ou não...
As pessoas, fazem muito fumo, sem terem fogo para se queimarem... Para quê gastar dinheiro em referendos, sobre assuntos que apenas dizem respeito a um determinado grupo da população? Sinceramente eu não vejo onde está o problema dos homossexuais se casarem, o que temos nós a ver com o tipo de relacionamento dos outros? Não usem a conversa da família, que isso só fica mal. Parece que a família é apenas um resultado do casamento, que se não há casamento não existe família. Quantos casais há neste país que nunca casaram e que tem filhos, e netos, etc? Estas pessoas não podem ser consideradas uma família, porque não casaram e porque não descendem de um casamento de papel assinado? Acho que casamento e família são duas coisas completamente distintas, em que uma, não inviabiliza a outra, logo se duas pessoas do mesmo sexo se casarem em nada estão a deturpar a "instituição" família, tão apregoada por aqueles, que, como não sabem como ser contra e apontar razões válidas, usam essa desculpa. Família, é algo que não tem nada que ver com religião, apesar de quase todos usarem a definição da igreja para definir o termo família, e um casal que nunca teve filhos não deixa de ser uma família, então um casal homossexual é uma família também, tenha ou não um papel passado a dizer que se casaram ou não. O casamento é só e apenas um papel assinado entre duas pessoas e umas testemunhas, que para quem o contrai é uma forma formalizar uma união entre duas pessoas. Uma família, é algo que não implica papéis assinados, nem testemunhas, é-se (de) uma família e pronto, e não significa que as pessoas tenha contraído casamento, nem nascido na "constância" de um casamento, isso é conversa de religião e só serve para complicar. Eu descendo de duas famílias, a da minha mãe e a do meu pai, e os meus primos, descendem das famílias dos respectivos pais, e nem sei se entre tantos tios e tias, eu quero lá saber se são casados de papel passado ou não? Não deixam de ser da minha família, os filhos dos meus primos que vivem em união comum. E desse(a)s filho(a)s se um(a) optar pela homossexualidade, não deixará de ser da minha família, e depois o(a) companheiro(a) também será da minha família. Então porquê, misturar duas coisas tão diferentes? É como misturar água com azeite. As mães/pais solteira(o)s não são família? Logo, casamento, não significa família, mas união, e duas pessoas do mesmo sexo podem viver em união, e assinar um papel que formalize o facto, tão simples como isto, não devem haver muitas coisas.
Além do mais, ninguém tem nada que ver com a forma como cada um oficializa uma relação, sejam um homem e uma mulher, sejam duas mulheres ou dois homens. Se as pessoas estão bem com a situação, então ninguém tem nada que ver com o assunto.
Então e gastar o dinheiro dos contribuintes, num referendo sobre a necessidade da linha de alta velocidade, da nova ponte rodo-ferroviária sobre o Tejo, sobre o NAL, essas coisas, que levam milhões de €€€€€ e que essas sim, nos dizem respeito a todos? Não há ninguém a fazer petições para se referendarem esses assuntos de interesse nacional, pois não? Pois é, neste país é moda ser contra as chamadas "minorias"...

2 comentários:

Jorge Freitas Soares disse...

Olá Miúda

Hoje achei engraçado o noticiário, porque o PSD que é contra o casamento, ou seja contra a liberdade de escolha, deu liberdade de voto, o PS que é a favor do casamento, ou seja a favor da liberdade, não deixa liberdade de voto... engraçado o país em que vivemos.

Beijinho amiga

blue eyes disse...

É, neste país muda-se de opinião, conforme o vento... ultimamente tenho sentido raiva de ser portuguesa, acreditas? Eu que sempre defendi a bandeira nacional, tenho sentido raiva e vergonha de ser portuguesa, tais as injustiças que tenho visto e sentido.
bjks