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quinta-feira, 19 de julho de 2007

Um dia....

"Aquele dia, não tinha corrido mal, era um dia normal de trabalho, igual a tantos outros.
Chegando ao local onde habitualmente os outros chamam de casa e ela chama de "muquifo", dá de caras com aquele ser, que sinceramente, preferia não ter de levar com ela naquele dia. É que estava de bem com a vida, e não lhe apetecia de todo aturar aqueles amuos constantes e más disposições á conta de nada. A matrona da casa é um ser gordo, anafado e sempre rabugento, e faz questão de espalhar a sua bílis por quem quer que seja que habite no mesmo espaço, portanto naquele dia a pobre moça já sabia que ia ouvir reclamação fosse lá do que fosse, mesmo não tendo culpa de nada. Ela não lhe dava resposta, deixava-a naquele matraquear sem parar, e prosseguia com a sua "pacata" vida, logo haveriam de chegar reforços. A cabeça da moça no entanto não conseguia desligar daquela ladainha, "treco, treco malatreco", e porque torna e porque deixa. Céus, pensa ela, como é que alguém consegue ser tão mal disposto o tempo todo?
De repente, ouve um som conhecido, um certo soar de motor e alivia-se um pouco, começam a chegar reforços. O patriarca chega e a matrona acalma-se com o seu matraquear, mas por pouco tempo, logo recomeça de novo. O patriarca é um homem já com alguma idade, e já conhece bem o ser com quem partilha a vida há largos anos, não lhe apara os golpes, pula a cerca de vez em quando com uma tipa que lhe chupa o dinheiro, em troca de alguns segundos de diversão. Em alguns momentos também ele tem as suas explosões maus fígados, e diz que qualquer dia se vai embora......."

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