O nome desta gaita, não interessa para nada. Interessa apenas aquilo que aqui for postando, dia a dia, ou á noite, tanto faz...Como só tenho um neurónio disponivel, é muito certo que saia asneira de vez em quando, ou quase sempre...
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quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Sem palavras
Há tempo que não venho aqui escrever nada, mas tenho andado em baixo, com a moral no tapete, e pelo andar da carruagem, não vai melhorar tão cedo. Neste momento até a minha vida deixa de ter importância, quando recebo noticias tão tristes como a que recebi hoje. O filho da minha melhor amiga, (acabou de fazer 2 anos a 21 de Agosto), andava doente há uns tempos e nada de descobrirem o que o bebé tinha. Este fim de semana fui visitá-los ( há imenso tempo que não o fazia), e notei que realmente o menino não tinha quase força nas perninhas para se manter em pé ou andar, mas como ela me disse, ele vomitava imenso, e ficava sem forças. Estava a ser seguido pela médica de família, por duas pediatras, a dele e outra no hospital, estava farto de fazer exames, ao estômago principalmente e não detectavam nada. Tinha então uma Ressonância Magnética para ir fazer na segunda feira. Ainda não tinha telefonado (grande amiga eu), para saber o resultado desse exame, telefona-me ela hoje e pergunta-me se estou sentada, se não estivesse, que o fizesse, que o que me ia dizer era forte. Gelei, e sentei-me, não conseguindo sequer pensar. O André tinha um tumor com 5 cm na cabeça, foi operado de urgência na terça feira. Fiquei sem pinga de sangue, mas tive que recuperar logo, afinal a minha amiga estava necessitada de conforto, não de uma gaja que não articula uma palavra com o choque. E choque foi o que ela teve, ao ouvir, o que ouviu, de chofre, quando lhe disseram o que o bebé tinha. Felizmente está a recuperar bem, agora só o tempo pode dizer qual a evolução da situação, e como ela diz é viver um dia de cada vez, e eu digo por agora, pois, acredito que o pior já passou, e que logo, logo vamos ter o André a correr por aí. É nestas alturas que as nossas vidas deixam de ter qualquer importância. Agora o mais importante é estar do lado deles, dar-lhes força, que tudo vai passar.
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