Há dias assim, nem são bons , nem são maus. Hoje foi um desses dias, acordaram-me cedo, por volta das 6.10h, visto que o meu despertador fez gazeta e não tocou ás 5.30h, daí que o meu pai, teve de bater na porta para me lembrar que eu prometi ir trabalhar a um sábado para a vindima. Enfim, eu lembro-me de cada coisa, mas que posso fazer, terça feira estarei no desemprego, e tenho de fazer uns sacrifícios, para uns extras. E já prometi que a partir de terça, vou para a vindima, até acabar, pelo menos é livre de impostos, dá é cabo do coiro, lol. Digamos que ficamos com o "canastro" um pouco torcido, mas depois passa, afinal são só 6h por dia, e mesmo os miseráveis 30€, livres dos tais impostos, dão imenso jeito para quem vai estar sem trabalho até, sabe-se lá, quando. O trabalho é duro, mas o pessoal, que por lá anda é porreiro, tudo bem acima dos 40 anos, mas somos todos da mesma idade, afinal tratam-me como igual (casa dos 30, eh,eh), e dizemos umas bacoradas engraçadas. Como ia contando, apesar de ter ido trabalhar, o restante do dia foi bastante normal, o que não invalidou que o meu pensamento trabalhasse a cento e cem, como é hábito. Vou para o desemprego, mas, não vou ficar de braços caídos á espera da miséria do desemprego, não. Vou fazer tudo para ter um trabalho, não gosto de estar sem ter uma ocupação, e tenho os meus objectivos traçados, que apenas espero adiar, por pouco tempo. E surgiu um novo objectivo, mais difícil de alcançar que os outros, afinal, um dia quase todas as pessoas desejam ter filhos. No meu caso, há muito que é um grande desejo, mas, nem sempre a vida nos proporciona as condições ideais, para o tão desejado rebento surgir. Gostava que quando acontecesse fosse um(a) filho(a), fruto de um amor sincero e profundo, mas, a vida apenas me concedeu um amor assim por pouco tempo, e mesmo amor, só da minha parte. Como enganar alguém para conseguir ter um filho, para mim, nem se coloca em questão, resta-me criar condições para um dia me candidatar a fazer parte das listas de espera para uma adopção. Sim, pretendo adoptar uma criança. O facto de ser sozinha, só complica a coisa no aspecto económico, pois terei de ter uma situação bem estruturada, pois, terei de ser só eu a conseguir que tudo se conjugue para que possa conseguir o meu objectivo. Amor para dar, nunca irá faltar de certeza, o facto de uma criança não ser nosso filho biológico, não nos faz amar menos, se calhar antes pelo contrário. O vazio, que sinto, por não poder partilhar o amor que passei a sentir pela filha do meu ex, mesmo sem nunca a ter conhecido pessoalmente. Sim, nunca a conheci, a relação durou muito pouco tempo, mas deu para amar aquela criança, que apenas via nas fotos, e perceber que sou capaz de amar incondicionalmente, até mesmo depois de não estar mais com o meu ex. Lamento, não poder ter notícias, não poder ver e falar com a criança, e não poder transmitir-lhe o meu amor por ela, independentemente de eu não estar mais com o pai. Torna-se difícil, quando andamos a passear e vemos alguma coisa, roupa por exemplo, que imediatamente nos faz pensar que havia de ficar bem naquela pessoa, e nada podermos fazer. Não lhe falta amor, antes pelo contrário, pelo menos da parte do pai, pois ele nasceu para ser pai daquela criança, disso, não há menor dúvida. Enfim, nada posso fazer, foi uma relação quase secreta, portanto, só tenho de guardar este amor, com todo o carinho.
Mas que um dia irei conseguir, ter o meu filho, ou filha, para amar com toda a força do meu ser, isso vou.
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