Apesar de gostar muito de ler, confesso que não o faço tanto como gostaria. Não que os livros sejam caros, que são efectivamente, mas existem as bibliotecas municipais para alguma coisa, não, que não tenha tempo, para ler há sempre um espacinho no relógio atarefado, mas porque ultimamente me tenho desleixado neste campo. Estou a ler dois livros ao mesmo tempo, sendo que um deles já está há bastante tempo na mesa de cabeceira. O outro livro que estou a ler, relata a história de um fuzileiro americano no Iraque, e tudo o que fez para conseguir salvar um cachorro, que lhe apareceu um dia onde estavam acampados. A história não seria nada de surpreendente, não fosse o local onde se passa, bem como toda a situação envolvente, e todas as regras que os fuzileiros e soldados têm de respeitar. Segundo os regulamentos, nenhum soldado/fuzileiro pode adoptar, dar comer, criar qualquer laço afectivo com ninguém, ou mesmo com um animal, sob pena de as as emoções se sobreporem a toda a disciplina militar e acabarem por se tornarem vulneráveis e se desfocarem da missão militar que cumprem, podendo por perigo toda a unidade. No entanto, eles estão no Iraque após a invasão, e como é natural, algo que os vai fazer sair um pouco, ainda que em meio inóspito, daquela guerra constante, tem de ser escondido ainda para mais se estão a violar os regulamentos militares. Então o tenente Jay Copelman, relata toda a história desde que o cachorro apareceu, até o conseguir trazer para o seu país. Pelo meio, claro, vai contando toda a envolvência, quer emocional, quer em termos físicos do meio em que se encontram. Além de um relato emocional sobre a história do Lava ( o cachorro), temos uma visão da guerra um pouco mais abrangente que aquela que vemos nas notícias, com algumas histórias, e relatos das situações vividas dentro dos acampamentos, pelos soldados americanos, que nunca saberíamos de outro modo, que não, numa história contada por um soldado. Aconselho este livro, pela história do salvamento e pela visão desta guerra de doidos, que de outra forma não teríamos.
2 comentários:
Não posso ler esse tipo de livros. Só de ler a tu descrição fiquei com os olhos rasos de lágrimas. sou uma parva!
xinhus
Olha não vele a pena. Não é um livro que apela ao sentimento, eu também sou como tu, mas até agora ainda não senti nenhum aperto na garganta. Há apenas uma parte descritiva do uso de animais na guerra, que é capaz de fazer um apertozinho, mas é tão bem escrito, que acabas por não sentires as lágrimas, a única coisa que vais sentir mesmo é vontade de chegar ao fim, para ver quando é que afinal o Lava chega à sua nova casa na América.
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