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terça-feira, 16 de outubro de 2007

E lá acabou...

Bom, lá acabou a vindima. Finalmente, aquela merda estava a durar tempo demais, já estava tudo enjoado. E amanhã é o dia do almoço de fim de vindima, que tédio, tentei escapar, mas a porcaria dos "velhos", não me deram hipótese, dasse... Não é que eu tenha alguma coisa contra o pessoal, antes pelo contrário, mas simplesmente não me estava a apetecer ir almoçar fora amanhã. Ando meio bicho do mato, e apetecia-me ficar a cozinhar os meus belos bifes de espadarte, em vez de ir para um restaurante barulhento comer bacalhau. E depois não posso "emborcar" nada, tenho de levar o carro, e o meu pai, que de condução só sabe espetar-se em árvores, arrancando-as pela raiz. Se eu beber alguma coisa para além de um aperitivo, só pode ser mesmo um refrigerante, ou ainda acabo também a arrancar árvores indefesas, ou a atropelar aqueles caixotes de lixo que costumam vir mijar á estrada, lol, e depois quem se ri de satisfeito é o bate-chapas. Escrito desta maneira, até parece que não aguento um copito de vinho, ou uma bebida com algum teor alcoólico. Aguento, mas não me apetece por via das dúvidas ter de soprar um qualquer balão, aí numa beira de estrada, além de que sou responsável e uma condutora "100% cool". Quando conduzo, simplesmente não bebo álcool. Enfim para o ano há mais, e eu espero já ter nessa altura um outro trabalho, que não nasci para isto, tenho o esqueleto todo torcido, dei cabo de uma perna, mas se não houver mais nada, lá irei...
Fica aqui um portal sobre os vinhos da terra, http://www.cvr-psetubal.net/, afinal tenho orgulho em pertencer a esta bela região, e não é só pelos vinhos, mas isso, são outros quinhentos e fica para outras conversas. Vou é dormir que estou estoirada, a vindima deixa qualquer esqueleto mais fraco, atordoado e além disso, faz-nos sair da cama ás 5.30h da manhã.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Encosta dos ranhosos

Hoje estou meio morta, a vindima está no fim, mas está a dar cabo do pessoal. A coisa está feia, para quem anda a apanhar aquela porcaria, e para o patrão, que tem pouca uva para fazer vinho. Deu caracol naquela porcaria, e os danados comeram metade da vinha, o que fez com que baixasse a produção, e ainda por cima está chato de apanhar. Dasse, tem tão pouca uva e cachos tão pequenos, que anda-se, anda-se a arrastar a porcaria das celhas e nunca mais enchem, o que faz com que o pessoal anda também a arrastar-se, mais parece um bando de aleijados, ainda por cima resmungões. Está tudo farto, tudo resmunga, o que vale é que já acaba segunda feira. O que ainda vai safando aquilo são as conversas parvas, e as idiotices que o pessoal diz uns dos outros, que por vezes, são de esgalhar a rir. Se eu fosse o produtor do vinho que sai dali, daria o nome " Encosta dos Ranhosos", á produção daquela merda, tal é o número de caracóis que vão junto á uva para o lagar... Havia de ser um rótulo impecável, com vendas acima da média, lol. Dias melhores virão, espero eu.
Há quase duas semanas que não ponho os pés no meu local favorito, o mar, a praia, mas sei que está óptima, pelo tempo que tem feito. Sinto a falta desse bocadinho de paz, que consigo de cada vez que lá vou, começo a ficar stressada, é urgente lá ir de novo.
Os fantasmas ainda não devolveram o relógio, presumo que o façam apenas quando acabar a pilha, o que tendo em conta que é recente, só o volte a ver daqui a um bom tempo. Por agora vou usando um da minha irmã.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

A perna da menina

1.313, é com este número que inicio o meu post de hoje. E porquê, porque, é o numero de visitas ao meu blog. Não sei se são muitas ou poucas tendo em conta o tempo de existência, mas achei engraçado, não por passar a barreira dos mil, mas pelo 313, que me lembrou imediatamente a matricula de carro do pato mais azarado do mundo, sim, o pato Donald. Que saudades de um livro de quadradinhos, mas, adiante. Tal como o Donald, eu não sou uma gaja de sorte, e hoje, tive azar. Tive um momento triste, na vindima, ninguém viu nada, e eu ri á parva, sozinha, mas as consequências, vieram depois. E que momento foi esse? Uma queda, ah pois, uma palhaçada monumental que ninguém viu. Tinha eu ido fazer uma mija, quando venho para continuar o trabalho (vindima), e ao pegar na minha celha ( objecto de plástico, que se usa nas vindimas, por aqui), que estava na carreira de vinha ao lado, da que eu estava a apanhar, tenho de passar para o meu lado. Situação absolutamente normal, não fosse eu ter tropeçado com uma "pata" no arame, e caído redonda no chão, tendo roçado com a parte posterior da barriga da perna na porcaria do arame. Como no campo ando com roupa adequada para o tal trabalho, só vi o estrago quando vim embora. A coisa tinha mau aspecto, uma nódoa negra enorme, com contusão no músculo, e doía um pouco. Nada de anormal, acontece, mas não é que com o passar das horas a coisa começou o ficar pior, o negro começou a alastrar, e agora vai desde a curva do joelho, até meio da barriga da perna e a parte da contusão está meio cor de vinho tinto. Tem um mau especto do caneco. Já estou devidamente medicada, espero eu de que... mas não gosto da aparência da "coisa", para além de, de vez em quando, doer um pouco. Não me bastam as tendinites que andam "assanhadas", agora tenho uma perna com aspecto de quem levou uma tareia, lol. É preciso não ter sorte... Se pusesse uma música, seria a do Pedro Barroso : "Olha a perninha, e a perninha da menina..."

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Os carimbos...

Ok, estou oficialmente desempregada. Amanhã no meu posto de trabalho, vai surgir uma nova cara, com um contrato precário, e que como é obvio, não vai dar meia para a esquerda. Mas a merda de país que temos é assim. E eu lá vou para a fila do centro de emprego, entregar os papéis, e depois esperar que se dignem depositar-me mensalmente, a porcaria do ordenado mínimo, enquanto não houver uma empresa que se digne a contratar alguém com vontade de trabalhar, mas que não lambe o cú aos superiores. Vou ter de andar á procura de trabalho ( coisa que eu faço sem problemas, pois pretendo mesmo trabalhar), e arranjar três "carimbos" todos os meses para provar que fui mesmo á procura de trabalho. O caos está, no facto, de que já há empresas que se recusam a carimbar os papéis, e que não há trabalho. Nem no campo, quando terminar a vindima, é a merda total.
Agora vou dormir, que amanhã vou arranjar uns trocos, na vindima, sempre são livres de impostos, e sempre dão para o dia a dia, e á tarde vou então tratar da papelada, em vez de ir por o "canastro" a descansar do esforço dispendido.

sábado, 22 de setembro de 2007

Vindimas

Mais um dia de vindima, amanhã... socorro, como é que me foram meter nisto? Eu devo ser doida, só posso ser. E o descanso? Trabalhar ao fim de semana, sem descanso, o que dá a necessidade... mas custa tanto levantar cedo, eu que sou de deitar tarde, oh vida ingrata. E agora vou-me deitar, porque, além de ter de me levantar cedo, estou sem cuecas, literalmente, e ando com os sentidos muito apurados, o que faz com que o meu próprio odor me recorde de momentos que apenas pretendo adormecer na minha memória... ou quem sabe solte a gaja que pus adormecida, dê largas á imaginação, e tenha uma noite fantástica a solo.
Porque amanhã é um novo dia...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Engordar o porquinho.

Só agora percebi porque é que, até agora, ainda não dei em doida. Porque tenho a praia, o mar e a serra. Sim, e por poder desfrutar dessas maravilhas que a natureza concedeu a quem por aqui vive, eu vou conseguindo manter a minha sanidade mental. Mais uma vez, fui até lá, levei o meu livro e sentei-me na areia a desfrutar daquela paz, do som do mar. Quem por ali está, deve pensar que eu sou doida, afinal o livro é hilariante e, eu levo o tempo a rir, sozinha, mas faz-me tão bem. Pena que o tempo mudou rapidamente, e tive de vir embora. A minha vontade era vestir o bikini, e ir para a água, porque nem estava frio, apenas uma chuvinha fina, e a água estava melhor que no Verão, mas, tinha mesmo de vir para este "buraco", a que chamo de casa. Ai se eu vivesse sozinha.... de certeza que tinha molhado o esqueleto, não tinha horário para chegar em casa, e podia fazer o que entendesse com o meu tempo, mas, mesmo não tendo horário para chegar em casa, viver em casa dos pais, tem os seus inconvenientes, e lá me pus a caminho. Tão cedo não vou poder deixar de fazer esta terapia com frequência, ou aí sim, vou endoidar de vez. Vou estar desempregada, e isso é uma coisa que me põe fora de órbita, mais o facto de estar a demorar para conseguir por as coisas em ordem na minha vida. O tempo parece parado, e eu sou impaciente, é tudo para ontem, e quem me conseguia fazer abrandar, já não está mais aqui, há muito tempo, quem sabe até nunca esteve, foi apenas ilusão minha. É o carro, que estou a demorar para encontrar, é a casa que não sei se vou conseguir ficar com ela, são estas pessoas com quem vivo, que de dia para dia, me identifico menos com elas. O futuro é uma incerteza, no qual eu estou disposta a apostar todas as minhas fichas, e arriscar perder ou ganhar. A certeza de que quero sair daqui, ter o meu espaço, mesmo que para isso tenha de enfrentar a amargura da solidão das quatro paredes em que me enfiar, não me deixa desistir.
E agora, vou deixar-me de lamentos e deitar, que amanhã, vou cumprir um dia de vindima, pois é, se quero sair daqui, não posso descartar certas hipóteses de engordar o porquinho.