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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Chamamento

Já sinto outra vez falta de pisar a areia da praia, de sentir a água nos pés, de sentir o cheiro a mar, o barulho das ondas a rebentarem fazendo uma espuma deliciosa. Quase há duas semanas que não vou lá e já sinto um vazio enorme, uma falta de algo que me completa, que me põe num estado zen, quase no nirvana. É incrível como algo tão simples como passear pela beira mar, nos pode deixar tão calmos, como se não houvesse amanhã. É de longe o único sitio onde eu me consigo abstrair do mundo, das coisas da vida e só ter como companhia o próprio mar. Se fecho os olhos, apenas passo a ouvir o rebentar das ondas na areia, tudo o resto deixo pura e simplesmente de ouvir, mesmo que a praia esteja atolada de pessoas, passo a ser apenas eu e o mar. Nunca percebi esta minha ligação com o mar, apesar de ter nascido bem perto, na bela cidade de Setúbal, nunca vivi perto do mar, nem lá ia muitas vezes a não ser no Verão uma vez ou outra para a praia, mas a certa altura da minha vida comecei a sentir esta paixão, esta espécie de chamamento para estar junto do mar. Quem sabe são estes meus olhos da cor do mar, a tentarem recarregar as baterias, porque sempre que lá estou ficam ainda mais azuis.Talvez daí tenha também surgido a minha paixão pelos faróis, esses belos e imponentes guias, que indicam porto seguro a quem anda no mar, quer em trabalho quer em lazer. Um dos sonho impossíveis que acalento é ter uma casa num farol, bem junto do mar. Seria ouro sobre azul, o expoente máximo a que poderia aceder um dia nesta vida, e com a companhia certa claro, dois gatos, e o homem da minha vida ( que não sei quem poderia ser, um já se foi...), mas depois logo pensaria nisso.

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