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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O relógio (4ª parte)

... abriu o armário em busca daquele vestido preto, sensual, e que tão bem lhe acentava. Telefonou para a amiga de longa data, para lhe contar o que se tinha passado, mas não as suas ideias de vingança. Sabia que se contasse, a amiga ia fazer de tudo para tentar demovê-la com toda a certeza. Aceitou jantar com a amiga, para conversarem, para poder desabafar e aliviar o que sentia, e conseguir levar os seus intentos em diante, mas sem revelar nunca os seu planos. Necessitava mais que nunca, estar em paz com as suas ideias, para poder ser aquilo que tinha em mente, para poder jogar e controlar o jogo à sua vontade. Deu consigo a pensar quem iria ser o seu primeiro jogador, e quanto tempo levaria até que aparecesse quem quisesse arriscar jogar com ela. Saiu de casa da amiga, bem tarde, as conversas de ambas terminavam sempre muito para além do jantar. Tomou um longo duche e foi ver como estava a situação no site. Estremeceu, quando começou a ver as mensagens que eram em maior número que o esperado. No entanto não passavam de meras mensagens, e alguns comentários ás suas fotos. Deitou-se, ainda tinha que ir trabalhar, a sua vingança não passava por deixar de trabalhar, pelo menos até ver onde conseguia chegar...
Não despediu o despertador, tudo não passou de uma ameaça, continuava a ter de acordar com ele quer quisesse ou não. Espreguiçou-se ao primeiro toque e saltou da cama de imediato, tomou um duche para acordar e bebeu um copo de leite, vestiu umas jeans, uma t-shirt sensual e apelativa que guardava e saiu para o trabalho. Tinha acabado de sair do perímetro da cidade, quando toca o seu novo telemóvel. Gelou por completo, por segundos ficou sem reacção, quase bateu no carro à sua frente. De imediato se recompôs, ligou o auricular no aparelho e atendeu a chamada. "_ Bom dia, miss Eva?" usou a voz mais sensual que conseguiu: "_ Sim, sou eu!"
" Chamo-me F. vi o seu site, gostei muito, poderíamos conversar?" Encostou o carro e respondeu que sim... sem deixar de pensar, se iria conseguir jogar o jogo... do outro lado do telefone parecia-lhe estar um homem com uma voz muito quente, sensual, alguém que parecia ser um charme. Dizia ser empresário representante de uma griffe de alta costura, solteiro, na casa dos quarenta anos. Viajava com frequência, necessitava de alguém que o acompanhasse para um jantar de negócios, que poderia prolongar-se... Após perceber a proposta, que lhe estava a ser feita, marcou o encontro para as 19 horas, no bar do hotel onde seria o jantar. Desligou o telefone, e sentiu-se desfalecer, até onde iria aquela loucura? Seguiu para o emprego, nervosa como nunca, mas tinha até às 19 horas para ficar calma... muito calma...

(continua..., sim ainda não é desta... eu também estou nervosa com esta escrita...)

2 comentários:

Anónimo disse...

Eh lá! Só agora é que estou a perceber o plano da gaja! Não sei se será uma grande vingaça, acho sim que se vai meter num grande " bico de obra" quem vai sair magoada é ela com toda a certeza. E não demores muito a escrever estou a adorar a história .
Beijinhos

blue eyes disse...

Sim, vai ser um grande bico... de obra, pois claro. Agora se sai magoada é o que iremos ver...
beijinho