Pesquisa personalizada

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

As plantinhas do quintal....

Ultimamente, é frequente ouvir-se nos noticiários qualquer coisa sobre plantações de haxixe, liamba, ou lá como lhe queiram chamar, nos quintais, aí por esse país. Nada de anormal, fora o facto da maioria dos "agricultores", dizer que não sabia do que se tratava:
"_ Ah, eu não sabia e tal, foi um rapazote que me deu umas sementes, e eu fui testar, mas não sabia e tal, lancei as sementes e tal, e olhe nasceram aí umas plantas, pá aí, umas dezenas delas, e tal, não tive culpa, eu nem sabia o que era."
Outro:
"_ Eh, pá, um rapaz estava a fumar disso, deu-me umas 6 sementes, e eu joguei-as fora aí no quintal, e depois nasceram uma plantinhas, e olhe achei-as engraçadas e deixei ficar, pela graça, nunca pensando, que fosse dar uma barraca destas, e tal. ( Na casa deste apanharam 290gr de sementes, uma série de plantas já crescidas e a secar, e uma dezena de sacos com "erva", já embalada). "
Pois, e o Pai Natal existe, o Coelhinho da Páscoa também, e o pessoal planta no quintal coisas que não conhece, a ver quem sabe se é um pé de feijão, que os leva á galinha dos ovos de ouro.
Eu gostava de acreditar que mesmo no interior profundo ainda existe esse tipo de inocência, mas tá difícil. Onde moro, já há mais de 25 anos, tive dois pés dessa porcaria no quintal, que um tio trouxe, mas há 25 anos, já isso era ilegal, e o meu pai, acabou logo com isso. E moro no campo, e nessa época o obscurantismo ainda abundava por aqui, e mesmo assim, até eu que era "pitusquela", sabia o que eram as plantas que estavam a crescer, até que as vi morrer no fogo, para evitar males maiores. Portanto, não saber o que são 20 plantas que se tem no quintal, já é inocência a mais.

Refugiada

A casa estava calma, a televisão estava desligada, só se ouviam os pássaros na rua e os automóveis que passavam na estrada, alguns a tal velocidade que nem dava para ver o modelo, apenas se eram de cor clara ou escura, mas isso, não incomodava a rapariga. Algumas vezes o silêncio era interrompido pelos aviões da base aérea próxima, que teimam em fazer exercício por aquelas bandas, voando tão baixo que as janelas tremem de vez em quando, e não raras vezes ainda fazem looping sobre os telhados, e isso sim, assusta a pobre rapariga que tem medo que um lhe caia em cima da casa. Subitamente, aquela aparente calma é quebrada, ouve-se um barulho bem conhecido de um veículo a motor, e ela já sabe que o silêncio só voltará a reinar, pela noite já bem profunda. Mal chega a casa, a matrona, nem se digna dizer bom dia, para começar imediatamente a barafustar, por tudo, e por coisa nenhuma. Aquele ser, é tão chato de aturar, que a rapariga, já farta de tanta gritaria frequente, já ganhou capacidade para isolar o barulho, longe dos seus ouvidos, e não lhe dá troco, mas sabe que a ladainha irá durar até bem depois da hora do jantar, ou não se repetisse todos os dias. A gritaria, surge pelo menor motivo, mas o que se pode esperar de alguém, que desconfia da própria sombra. Os outros habitantes da casa, também fazem ouvidos de mercador, mas por vezes, e como ninguém é de pau, acabam por ter de entrar na discussão, e aí parece que rebenta uma guerra, donde nunca saem vencedores. O sr da casa, é que nunca dá tréguas, e com ele a guerra, já dura há longos anos, sempre non stop, fazendo com que, quando estão os dois em casa, pareça que o inferno desceu á terra, o que em abono da verdade, é todos os dias. Aquela casa parece um campo de conflito do Médio Oriente, sem os bombistas suicidas, mas com "explosões" de grande monta, só não caem paredes. A vizinhança deve achar que naquela casa é tudo doido, e muito francamente, a rapariga já não sabe se sim, se não, mas sabe que um dia vai abandonar aquele campo de guerra, vai ser uma "refugiada", mas vai ter Paz.

sábado, 27 de outubro de 2007

Curiosidade

Numa das revistas que leio assiduamente a Cosmopolitan, pois claro, sou gaja, e gaja que se preze lê, e deixa assim, tipo como quem não quer a coisa, algures no sofá para o gajo ler, li uma coisa curiosa sobre bananas. Não, não são, aqueles gajos que são uns bananas, que nada percebem, é sobre as verdadeiras bananas. Passo a transcrever: "A bananeira deverá existir há um milhão de anos. Uma lenda da Índia diz que foi com o seu fruto que Eva tentou Adão no Paraíso. Aliás, este país é o maior produtor de bananas, com mais de 17 milhões de toneladas, seguido do Brasil, com menos de metade daquela produção."
Eu bem me parecia que a história da maçã era treta... e diz-me a experiência que gajo gosta mesmo é da banana, fazem-se é esquisitos... mas depois... até trepam ás paredes...
E agora, vou é para a cama, que são mais que horas de uma gaja solteira estar na cama, a divertir-se, com a "banana".
( nem acredito que escrevo estas coisas, devo ter dupla personalidade);).

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Um dia, assim, meio a recordar....

Porque hoje estou assim, meio em baixo, meio a recordar alguém, que ainda me tira o sono, faz-me supirar, e que ao mesmo tempo faz com que tenha uma vontade enorme de lhe dar uma enorme lição, sobre como lidar com mulheres sem as magoar... mesmo que seja sem intenção... como se eu fosse capaz de acreditar... Em todo o caso M. que sejas feliz, é todo o mal que te desejo...


insónia


Um toque, arrepio.
Um suave soprar, arrepio,
um leve beijo, aqueço.
Outro toque, o ardor começa
a tomar conta do meu ser,
deixo de responder por mim,
perco a noção de tempo, parto
á descoberta da ti,
Outro beijo, arrepio de novo,
o suave toque das minhas mãos,
na tua pele, fazem-te sentir
a urgência de te sentir em mim.
Amamos-nos, como se não houvesse
amanhã, somos um só...
Cada toque, arrepia,
cada beijo, incendeia mais,
descobrimos um mundo juntos,
jamais quero que termine...
Acordo... tudo não passou
de um sonho, agora já não
consigo dormir de novo, estás
longe, talvez noutros braços,
arrefeço, tenho frio, fazes-me
falta... volta, faz do sonho realidade!

Petição

A cena do gajo que deixou morrer á fome e á sede um cão, numa exposição que deveria ser de arte, mas foi apenas da estupidez humana, revoltou-me. Se há coisa que não tolero, são os maus tratos a animais. A juntar, todos os que visitaram a exposição, e mais o galerista que nada fizeram. Estupidez tem limites, e esta ultrapassou-os todos. O dito gajo, que de artista nada tem, queria tratamento igual, preso por uma corda, sem comer e sem água, e quando estivesse já bem fodido, com a situação queria a "piça", cortada em rodelas fininhas numa máquina de fiambre.... dasse que este mundo está perdido.
Deixo link da noticia na Sic, para quem não viu.

Há uma petição, para que o "artista", não seja aceite numa exposição na Costa Rica, onde vai representar o o país de onde é oriundo a Nicarágua.

http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html

Há gente que nem o ar que respira merece....

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Telemóveis a preço da banana...

Estou a tentar aceder os site da TMN, e está congestionado.... dasse, estão a vender telemóveis a 6€, portanto está mais que congestionado. Eu ia aproveitar para comprar um para mim, e dar o que tenho á minha mãe... é que o meu tem números indicados para zarolhos, lol. Não é que me apeteça dar-lhe a porra do telemóvel, mas nestas condições, até o fazia. Estão a vender telemóveis que variam entre 99€ e 200€ , por 6€, se não me engano. Acho que já fizeram isto ontem e esgotaram em poucos minutos, portanto meus caros, a promoção que deveria durar entre as 22h e as 6h da matina, muito provavelmente já vai ter terminado quando finalmente conseguir abrir o site da operadora e já são 00:04h, dasse. O mais certo é estarem a vender aqueles telemóveis que avariam logo na primeira semana, e que eles substituem aos clientes, mandam para a fábrica e agora depois de arranjados despacham-nos a este preço..., mas por via das dúvidas eu até queria um telemóvel novo...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Tudo na mesma...

Hoje dei-me conta que mudou mais em 30 anos, esta terra em que habito, que a sede de freguesia, que só tem 20 anos ( de freguesia). Depois do almoço, a minha irmã passou por aqui e convidou-me para ir com ela, fazer a distribuição da ração nas lojas, e como ia para bandas do Alentejo, fui para desanuviar um pouco. Como é normal, chegada ali á terriola, a três quilómetros á frente, o transito parado, porque a passagem de nível está mais tempo fechada, que a deixar passar o trânsito. A conversa, como é óbvio, recai na hipótese de ser desviado o trânsito, para outro local, com uma ponte por cima da linha férrea. Logo rebate a minha irmã, que o bairro ia morrer... morrer porquê? A conclusão, é que mesmo que se desvie o trânsito, não vai haver diferença, porque, ninguém pára naquela terra mesmo. Em 30 anos, desde que a minha irmã lá andou na escola, e eu 9 anos depois, portanto em 20 anos, está tudo praticamente igual. Construíram lá três blocos de apartamentos para arrendar, e não estão todos ocupados, e recentemente dois blocos de apartamentos caríssimos para vender, mais umas lojas, que ora abrem, ora fecham. Já me esquecia, além de uma agência funerária, uma escola de condução, tem uma loja chinesa como é da praxe em todas as terras. Resumindo, em 30 anos está tudo na mesma, e se não se começa a cativar investimento que crie emprego, e se não se construirem casas acessíveis, nem em 100 anos aquela terra vai crescer. Lutaram por uma escola c+s, e conseguiram, mas se a população foge para outros lados mais perto dos empregos e em que podem comprar casa, esta que abriu este ano, daqui a 10 vai ser escola para fantasmas...
E a porcaria da passagem de nível, lá continua a fazer parar o transito, abre para passarem 4 ou 5 carros, fecha, volta a abrir, é tipo conta gotas, tudo como antes no quartel de Abrantes lá diz o ditado...
Após termos conseguido passar, levou o tempo que demorou toda esta conversa, até o termos conseguido, lá fomos até Vendas Novas, com paragem obrigatória para uma bifana e um "sumanja de larol", que caiu que nem ginjas, embora hoje o tenha achado que a dita "bifa" estava um pouco gordurosa... mas prontos, fizemos o gosto ao dente...
Fica uma imagem do dia de ontem, que não consegui carregar, mas que mostra como se obtém um pouco de paz.

Uma carcaça....

Depois de um dia mau, um dia bem melhor. Após ter ido tratar do imbróglio de ontem, não me apeteceu rumar a casa, e como estou no desemprego, fui ao centro de emprego, a ver se encontrava alguma coisa para fazer, porque a vida de uma desempregada tem que se lhe diga, e porque ainda não me deram a papelada que agora nos fornecem, e estava preocupada com o raio dos carimbos. Lá me disseram que não precisava de fazer nada, que estava convocada para dia 9 do próximo mês, que haveria de receber a convocatória. Essa de não precisar fazer nada, fez-me rir, como é óbvio, eu lá sou de ficar á espera sem fazer nada? Resposta pronta e na hora : "_ Não preciso fazer nada? Preciso procurar trabalho...!!!" , ao que a funcionária esboçou um sorriso, do tipo seco, e deve ter pensado que era treta. Enfim, depois de ver que só há trabalho para carpinteiros, cozinheiros, serralheiros e outras coisas a acabar em "eiros" ( as cabecinhas pensadoras já devem estar rir, mas não, isso não pedem por lá), e para técnicos de vendas , que eu também sou, mas agora não me apetece, lá saí e fui a um hiper para comprar bens de primeira necessidade ( chocolate, verniz para as unhas, depilatório, xiii que mentirosa), foram mesmo bens essenciais, o orçamento não permite esse tipo de estrago.
Hora de almoço após sair do hiper, logo, faço um esforço, sim que para comer uma coisa daquelas eu preciso fazer um esforço, e vou comprar um "Happy meal"( passo a publicidade), só para trazer um brinquedo para a sobrinha. Um dia explico a cena de ter de fazer um esforço, mas lá gastei 3€, e com a refeição na caixinha rumei ao meu local de terapia, a praia. Comi o dito, com pouca vontade, mas vir para casa comer, não era opção, pelo menos hoje, e depois fui tomar a única droga de que dependo, o café, num tasco á beira mar, e como não podia ser de outra maneira, fui passear na beira da água. A certo ponto, lá me aparece um sr, de fato de surfista com um cão pela trela, conversa puxa conversa, e a páginas tantas, começa tipo a contar-me as desventuras de casado, que não era feliz, que pensava arranjar uma moça, que lhe pagava o apartamento, que queria ser feliz, a ver se colava, e por aí fora. Só me saem cromos. Ainda se fosse um gajo novo, cheio de charme, eu pisava o tapete, agora um fulano com idade para ser meu pai (58 anos tem o fulano, chiça)? Não sou preconceituosa, mas francamente, o velho atirou-se a mim....aiiii, que cena. Para cúmulo, ainda me pede o número de telefone, depois de eu lhe dizer, que não gosto de homens, e se me podia encontrar ali na praia outras vezes. Já viram a minha vida, uma gaja já não pode ir para um sitio sossegado, sem levar com uma cena destas? Que faço eu, quando voltar á praia e o fulano lá estiver? Já nem posso fazer terapia....
Enfim, lá venho eu para um outro mini-hiper, para levantar uma encomenda da La Redoute, e enfim, o ego de uma solteira tem destas coisas, fui á loja de roupa, e saio com uma jeans novas( até estou a precisar, foi só por isso). Não foi um dia produtivo, mas pelo menos foi positivo, mesmo com a cena do dito sr, a quem corre mal o casório. Que não se casasse, ou então procure um conselheiro matrimonial, mas não se ande a fazer a meninas que gostam de meninas, lol. Que eu gosto é de homens, não de carcaças, e nem de mulheres, mas não lhe ia dizer isso.
E para fechar o meu dia está a chover, que bom vai ser ir deitar-me e ouvir a chuva a cair, embora faltem alguns "gadjets", para ficar uma noite perfeita.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O seguro morreu de velho....

Hoje foi um daqueles dias... Más noticias daquelas que nos fazem ter vontade de bater, a até quem sabe esganar certas pessoas, que por obra e graça do chamado destino, tivemos a infelicidade de privar com as mesmas. Então um ex-namorado é uma daquelas coisas que até dá náuseas só de pensar nele, quanto mais ter problemas causados por um gajo que só nos maltratou, extorquiu, e enfim deixou á beira de um ataque de nervos, ainda por cima passados 11 anos. Quando é que acaba este pesadelo? Enquanto durou a merda do namoro, só me deu chatices, uma das quais foi levar o meu carro que eu tinha comprado duas semanas antes, era usado, mas era um carro, e emprestou-o a um amigo. A coisa tornou-se tanto mais grave, quando o fulano o estampou, enviando-o para a sucata. E grave, não foi pelo fulano, que deveria ter ido junto com o carro, mas porque nunca me pagou, e eu tive sérios problemas por causa de toda a situação gerada. Agora 11 anos depois ainda me aparecem do tribunal por causa do seguro do carro... dasse... eu nunca paguei, nem poderia pagar uma coisa da qual nunca usufrui. E agora digam lá isso aos srs da seguradora. Para cumulo contactei o agente na altura para anular o seguro, pedi que o fizesse, ao que respondeu que sim, mas que quando recebesse o papel para pagar ignorasse, porque naquela altura o aviso de pagamento já deveria ter sido emitido. Tudo ok, uns amigos também tinham deixado um seguro por pagar, receberam umas cartas que iria tudo para tribunal, blá, blá,blá, e nunca tinha acontecido nada, descansei. Não é que de há tempos para cá tenho este imbróglio para resolver, querem que eu pague um serviço que nunca me prestaram. Nunca vi carta verde do dito, nem podia se não paguei, logo, o seguro deveria ter sido anulado na altura pela seguradora, mas não, deixaram passar o tempo, espetam-me um processo em tribunal e ainda mandam aqui ao moquifo do meu pai, os funcionários do tribunal para penhorarem as coisa cá do moquifo, das quais apenas tenho a cama, porque por causa do carro e das chatices que deu, tenho comprado tudo com factura em nome da minha irmã. Agora ainda tenho de ir eu provar com facturas que as coisas existentes são do meu pai e da minha irmã, para evitar a GNR á porta, e não pagar e contestar a merda da acção. Prevejo que ainda vou ter de procurar o sucateiro, nem sei onde, porque o gajo mudou -se, a DGV também, para provar que a porcaria do carro foi para o lixo, mais sabe-se lá quem, e a série de problemas que isto ainda vai dar. Só me apetece matar os três: o ex, o amigo e o agente da seguradora que já se reformou, e está-se a marimbar.
A burra fui eu, que era dominada por um gajo que não vale sequer o ar que respira, quanto mais a água que bebe, e é um pé rapado que não tem onde cair morto, e nem posso sequer ir ter com ele, nem quero, porque se o apanho esgano-o de certeza, por tudo o que passei, e por mais esta pérola graças á merda do carro que ele ajudou a estampar. Nunca mais isto acaba, a raiva que lhe tenho já é proporcional aos anos que conheci a "aventesma", 14 anos, já é destilar muita raiva...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Chamamento

Já sinto outra vez falta de pisar a areia da praia, de sentir a água nos pés, de sentir o cheiro a mar, o barulho das ondas a rebentarem fazendo uma espuma deliciosa. Quase há duas semanas que não vou lá e já sinto um vazio enorme, uma falta de algo que me completa, que me põe num estado zen, quase no nirvana. É incrível como algo tão simples como passear pela beira mar, nos pode deixar tão calmos, como se não houvesse amanhã. É de longe o único sitio onde eu me consigo abstrair do mundo, das coisas da vida e só ter como companhia o próprio mar. Se fecho os olhos, apenas passo a ouvir o rebentar das ondas na areia, tudo o resto deixo pura e simplesmente de ouvir, mesmo que a praia esteja atolada de pessoas, passo a ser apenas eu e o mar. Nunca percebi esta minha ligação com o mar, apesar de ter nascido bem perto, na bela cidade de Setúbal, nunca vivi perto do mar, nem lá ia muitas vezes a não ser no Verão uma vez ou outra para a praia, mas a certa altura da minha vida comecei a sentir esta paixão, esta espécie de chamamento para estar junto do mar. Quem sabe são estes meus olhos da cor do mar, a tentarem recarregar as baterias, porque sempre que lá estou ficam ainda mais azuis.Talvez daí tenha também surgido a minha paixão pelos faróis, esses belos e imponentes guias, que indicam porto seguro a quem anda no mar, quer em trabalho quer em lazer. Um dos sonho impossíveis que acalento é ter uma casa num farol, bem junto do mar. Seria ouro sobre azul, o expoente máximo a que poderia aceder um dia nesta vida, e com a companhia certa claro, dois gatos, e o homem da minha vida ( que não sei quem poderia ser, um já se foi...), mas depois logo pensaria nisso.

sábado, 20 de outubro de 2007

Rinite e aranhas

As coisa que uma tia/ madrinha ouve. A minha sobrinha terrorista, hoje saiu-se com uma daquelas que deixa toda a gente a rir, e a pensar seriamente como é que uma garota de 5 anos diz uma coisa destas. Virou-se para a mãe e sai-se com esta: " Mãe, quando o meu amor se despir, para fazer amor, eu vou dizer, Eh lá...!!!"
Óbvio, que a gargalhada foi geral, a danada de vez em quando tem umas saídas bastante airosas, quando não está a tramar nada...
Bom, lá estou com uma rinite alérgica. Os outros tem gripe, eu tenho rinite alérgica. As dores no corpo, são substituídas por um nariz que parece uma torneira avariada, sempre a correr, sem vedação possível. Só que as torneiras avariadas tem substituição, o meu nariz, nem por isso... já para não falar no incómodo de dormir sem conseguir respirar, pelo dito, e ter de dormir de boca aberta, correndo sérios riscos de entrar uma melga, ou quem sabe uma aranha, que ande entrincheirada algures, daquelas que escapam á caçada da limpeza... é que isto de viver no campo, em casas antigas tem que se lhe diga, a comunhão com a natureza, as instalações eléctricas á antiga, fazem com que as danadas passem do sótão para dentro de casa, e enfim, por mais caçadas que lhes sejam movidas, há sempre uma nova... com ou sem aranha, vou ter de dormir com a boca aberta, que tenho o nariz completamente entupido, mas a correr água que nem um dilúvio. O pior, pior, pior mesmo ( pareço um dos gato fedorento), é se um desses bichos entra e não calça as pantufas, aí vai arranhar-me a garganta com as unhas, e lá eu acordo engasgada...

Trá la rá la rá, eu de vez em quando debito cada coisa, acho que me vou dedicar a escrever textos estúpidos para programas tipo Hora H, do Herman, se é para não ter graça, eu posso entrar e escrever uns guiões assim á maneira do meu único neurónio disponível, dasse, o que uma rinite faz ás pessoas...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

electricidade

Bom, lá conseguiram que a merda da flexisegurança fosse em frente. Lá vamos nós a caminhar para o principio do fim. Estou desempregada, e da forma que as coisas estão, não vejo melhoras. Com esta merda provavelmente vai ser mais fácil a quem está desempregado arranjar trabalho, mas também será ainda mais fácil perdê-lo. Enfim, até que a lei seja aprovada e publicada ainda vou ter muito que penar, ainda vou encontrar trabalho, e voltar a ir para o desemprego, blá, blá, blá..., etc e tal, e quando chegar esse tempo já vou ter mais uns quantos cabelos brancos. Só espero que quando chegar esse tempo, eu já tenha realizado o meu sonho, morar sozinha, o que das duas uma, ou eu é já nos próximos meses, espero eu, o que é bom, ou vou estar na casa dos "entas", o que é mau. Não vai dar para ficar por aqui por muito tempo, as coisas estão a deteriorar-se ( as relações pessoais) dia a dia, e eu começo a perder a paciência para tanta gritaria sem razão, e não sou empregada doméstica, nem cozinheira, quando o espaço que tenho é um local no quarto da costura, onde só cabe a cama e quase nada mais. Para cumulo, o pouco tempo que estou á noite no pc, ainda me vêm chatear que a electricidade está cara... do tipo vai-te deitar, que são horas ( 00:15), ...dasse, isto é de loucos. Lavo, limpo, arrumo, passo a ferro, cozinho, compro o que como ( e tudo o resto), pago o gás, e nem posso gastar um cadito de electricidade? Ainda por cima, contaminaram-me com os virús da rinite alérgica. Anda tudo de pingo no nariz, e por consequência eu lá apanhei esta merda, só que para piorar a cena, o sr meu pai assaltou a minha farmácia, e tomou os meus comprimidos, e eu se quero que vá comprar mais, que estou desempregada, e o sr além da reforma maior que o meu subsidio (403€), ainda tem um ordenado de 600€, não pode comprar, o dinheiro é pouco para dar á amante que lhe come os rendimentos... dasse, isto lá é vida? Bem feito a gripe que ele tem ( eh,eh, eu sou imune a gripes, só rinites e uma tosse ou outra de quando em vez), assim pode ser que aprenda... Caros leitores desculpem o desabafo, mas há dias assim.
E agora vou dormir, que amanhã vou dar uma de tia amiga (eu sou tia amiga, mãe, companheira, dela eu sou tudo isso e muito mais),e vou ter de me levantar cedo para levar a sobrinha terrorista á ama, que a mãe precisa sair mais cedo para o trabalho. Ah, e porque a electricidade está cara......

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Recaída

Isto anda mau. Todo este tempo depois, já achando que a situação estaria em processo de cura quase total, acho que tive uma recaída... Sinto-me em baixo, tal como um cachorro abandonado. Sinto-me perdida, e acabo por recordar tudo o que vivi intensamente em três meses apenas. Talvez seja da aproximação daquela época que odeio, agora ainda mais... Odeio o Natal, para mim podia não existir. E a Passagem de Ano? Ainda gosto menos. Este novo ano começou exactamente com uma ausência... Daí para cá, tentei superar, andei de rastos, mas um dia voltei a sorrir, e esse sorriso esteve comigo por algum tempo. Pensei que também estaria a fazer sorrir, mas enganei-me... o meu sorriso voltou a desvanecer-se naquela manhã de Maio. Depois dessa manhã, tudo se desmoronou, e deixei de entender o que quer que fosse. Um impulso de raiva tomou conta de mim, e passei a entender ainda menos... Tentei assentar as ideias, fui conseguindo resolver algumas coisas dentro de mim e percebi que já não voltaria a ter o tal sorriso para mim. Cruamente, entendi que esta história nunca tinha realmente acontecido, a não ser, para mim. Entendi, que o que julgava ser uma história por escrever, não tinha sequer um principio, tinha sido apenas uma ilusão, que durou pouco tempo. De quem foi a culpa, nunca irei saber, tudo ficou ainda mais confuso. Tento não pensar, é impossível, não sentir, muito menos... há pequenos nadas que trazem á memória momentos, sentimentos, barulhos, gestos... tenho uma recaída... torno a sentir saudades, a falta de um sorriso, daquele olhar, do toque suave das mãos, do beijo ardente e profundo, da cama sempre acabada de fazer, das noites frias envolvidas nuns braços protectores... Que merda, porquê? Nunca irei entender, é a única certeza que tenho.
Quem sabe um dia volte a amar, quando o tempo conseguir apagar o que o coração teima em recordar...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

E lá acabou...

Bom, lá acabou a vindima. Finalmente, aquela merda estava a durar tempo demais, já estava tudo enjoado. E amanhã é o dia do almoço de fim de vindima, que tédio, tentei escapar, mas a porcaria dos "velhos", não me deram hipótese, dasse... Não é que eu tenha alguma coisa contra o pessoal, antes pelo contrário, mas simplesmente não me estava a apetecer ir almoçar fora amanhã. Ando meio bicho do mato, e apetecia-me ficar a cozinhar os meus belos bifes de espadarte, em vez de ir para um restaurante barulhento comer bacalhau. E depois não posso "emborcar" nada, tenho de levar o carro, e o meu pai, que de condução só sabe espetar-se em árvores, arrancando-as pela raiz. Se eu beber alguma coisa para além de um aperitivo, só pode ser mesmo um refrigerante, ou ainda acabo também a arrancar árvores indefesas, ou a atropelar aqueles caixotes de lixo que costumam vir mijar á estrada, lol, e depois quem se ri de satisfeito é o bate-chapas. Escrito desta maneira, até parece que não aguento um copito de vinho, ou uma bebida com algum teor alcoólico. Aguento, mas não me apetece por via das dúvidas ter de soprar um qualquer balão, aí numa beira de estrada, além de que sou responsável e uma condutora "100% cool". Quando conduzo, simplesmente não bebo álcool. Enfim para o ano há mais, e eu espero já ter nessa altura um outro trabalho, que não nasci para isto, tenho o esqueleto todo torcido, dei cabo de uma perna, mas se não houver mais nada, lá irei...
Fica aqui um portal sobre os vinhos da terra, http://www.cvr-psetubal.net/, afinal tenho orgulho em pertencer a esta bela região, e não é só pelos vinhos, mas isso, são outros quinhentos e fica para outras conversas. Vou é dormir que estou estoirada, a vindima deixa qualquer esqueleto mais fraco, atordoado e além disso, faz-nos sair da cama ás 5.30h da manhã.

domingo, 14 de outubro de 2007

Um momento... para recordar...

Por muito que não me queira lembrar é impossível. Como posso esquecer mesmo um ano depois? Como poderei esquecer, se a simples lembrança de ti ainda me faz estremecer? Que dizer daquela noite em que me fizeste sentir mulher, como nunca antes alguém tinha feito? Tentar adiar, o que tinhas planeado para mim, foi impossível, afinal o desejo não era só em ti que habitava. As minhas forças de resistência abandonaram-me por completo, ao sabor dos teus desejos mais secretos, e o meu corpo rendeu-se ao teu toque suave, aos sabor quente da tua boca, ao encaixe perfeito de dois corpos tão diferentes, mas que a urgência do momento tornou possível. A noite prolongou-se como nunca antes em tempo algum, eu imaginei que pudesse esticar o tempo. Não dormi nada. As emoções á flor da pele, a cama macia com o teu corpo quente e pronto para mais "luta", colado no meu, a chuva que teimava em cair, do outro lado da janela, e a dúvida, se estaria a ser real aquele momento mágico, não permitiram que eu me entregasse nos braços de Morfeu, naquela noite os teus braços foram mais fortes. Hoje um ano depois, a distância entre nós, é tão grande como da terra á lua. Nunca discutimos, nunca nos zangámos, simplesmente mudaste o teu rumo, e eu fiquei sem o meu norte, perdida na lembrança das emoções que causaste, no desejo por concretizar, na certeza incerta de que fui apenas um momento na tua solidão. Hoje, só hoje relembro esse dia, porque amanhã, é um outro dia, e já passou o tempo de recordar... é o tempo para novas emoções, para mim, para ti... distantes, como duas linhas paralelas que jamais se irão encontrar, por mais que o tempo estique...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Encosta dos ranhosos

Hoje estou meio morta, a vindima está no fim, mas está a dar cabo do pessoal. A coisa está feia, para quem anda a apanhar aquela porcaria, e para o patrão, que tem pouca uva para fazer vinho. Deu caracol naquela porcaria, e os danados comeram metade da vinha, o que fez com que baixasse a produção, e ainda por cima está chato de apanhar. Dasse, tem tão pouca uva e cachos tão pequenos, que anda-se, anda-se a arrastar a porcaria das celhas e nunca mais enchem, o que faz com que o pessoal anda também a arrastar-se, mais parece um bando de aleijados, ainda por cima resmungões. Está tudo farto, tudo resmunga, o que vale é que já acaba segunda feira. O que ainda vai safando aquilo são as conversas parvas, e as idiotices que o pessoal diz uns dos outros, que por vezes, são de esgalhar a rir. Se eu fosse o produtor do vinho que sai dali, daria o nome " Encosta dos Ranhosos", á produção daquela merda, tal é o número de caracóis que vão junto á uva para o lagar... Havia de ser um rótulo impecável, com vendas acima da média, lol. Dias melhores virão, espero eu.
Há quase duas semanas que não ponho os pés no meu local favorito, o mar, a praia, mas sei que está óptima, pelo tempo que tem feito. Sinto a falta desse bocadinho de paz, que consigo de cada vez que lá vou, começo a ficar stressada, é urgente lá ir de novo.
Os fantasmas ainda não devolveram o relógio, presumo que o façam apenas quando acabar a pilha, o que tendo em conta que é recente, só o volte a ver daqui a um bom tempo. Por agora vou usando um da minha irmã.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Fantasmas

Ele há coisas... subitamente aqui em casa andam a desaparecer coisas. No domingo, desapareceu o meu relógio, hoje desapareceu um chocolate. Serão fantasmas? Estará a minha casa assombrada? Mas para que querem um relógio? Um chocolate, ainda se compreende, um relógio não vejo utilidade, agora a mim, faz muita falta. Onde andarão a esconder as coisas? O que irá desaparecer a seguir? Como é que os apanho? Com uma ratoeira, não deve dar, fogem pelas grades, aliás, se costumam passar pelas paredes, se não os consigo ver, acho que não vou conseguir caçar nenhum. E chamar os Ghostbusters, já nem deve dar, é provável que já se tenham reformado. Certo é que o meu relógio, sumiu, e o chocolate da minha irmã também, mas chocolates podem-se comprar mais, já o relógio, não é bem assim. Quer dizer, nas lojas chinesas, devem haver por lá imensos ao preço da chuva, mas eu quero mesmo é o meu, que não é chinês, mas é quase, é japonês, lol. Que coisa, porque é que desaparecem as coisas dos lugares onde as deixamos?
Enfim, deixando-me de cenas, onde estará o meu relógio?

domingo, 7 de outubro de 2007

Família Superstar

Hoje venho apenas desejar os meus sinceros PARABÉNS á família Lourenço que está nas 10 finalistas do concurso Família Superstar. Tenho seguido este concurso desde o inicio porque senti que iam participar, e não me enganei, lá estavam nos castings. Desde essa altura que tenho torcido por eles, e merecem estar lá. Tenho certeza que irão sair-se ainda melhor daqui para a frente e quando chegar a altura é óbvio que irei votar família Lourenço.
Para quem quiser conhecer melhor, deixo o link do Karaoke Kaffé, que é, onde trabalham diariamente naquilo que mais gostam de fazer: música.
E por hoje é só. Parabéns Viviana, parabéns Júlio, e muitos beijinhos para a minha amiga Lena, que é a mamã babada. Mesmo longe não me esqueço de ti.

Um ano...

Porque faz por estas horas um ano que conheci quem mais me maguou, em tão pouco tempo...



Mas porque o tempo tudo cura, só desejo que seja feliz, eu estou a aprender a ser feliz na solidão que é o meu refúgio...

sábado, 6 de outubro de 2007

Frozen

Hoje é assim que me sinto, "Frozen".


sexta-feira, 5 de outubro de 2007

A perna da menina

1.313, é com este número que inicio o meu post de hoje. E porquê, porque, é o numero de visitas ao meu blog. Não sei se são muitas ou poucas tendo em conta o tempo de existência, mas achei engraçado, não por passar a barreira dos mil, mas pelo 313, que me lembrou imediatamente a matricula de carro do pato mais azarado do mundo, sim, o pato Donald. Que saudades de um livro de quadradinhos, mas, adiante. Tal como o Donald, eu não sou uma gaja de sorte, e hoje, tive azar. Tive um momento triste, na vindima, ninguém viu nada, e eu ri á parva, sozinha, mas as consequências, vieram depois. E que momento foi esse? Uma queda, ah pois, uma palhaçada monumental que ninguém viu. Tinha eu ido fazer uma mija, quando venho para continuar o trabalho (vindima), e ao pegar na minha celha ( objecto de plástico, que se usa nas vindimas, por aqui), que estava na carreira de vinha ao lado, da que eu estava a apanhar, tenho de passar para o meu lado. Situação absolutamente normal, não fosse eu ter tropeçado com uma "pata" no arame, e caído redonda no chão, tendo roçado com a parte posterior da barriga da perna na porcaria do arame. Como no campo ando com roupa adequada para o tal trabalho, só vi o estrago quando vim embora. A coisa tinha mau aspecto, uma nódoa negra enorme, com contusão no músculo, e doía um pouco. Nada de anormal, acontece, mas não é que com o passar das horas a coisa começou o ficar pior, o negro começou a alastrar, e agora vai desde a curva do joelho, até meio da barriga da perna e a parte da contusão está meio cor de vinho tinto. Tem um mau especto do caneco. Já estou devidamente medicada, espero eu de que... mas não gosto da aparência da "coisa", para além de, de vez em quando, doer um pouco. Não me bastam as tendinites que andam "assanhadas", agora tenho uma perna com aspecto de quem levou uma tareia, lol. É preciso não ter sorte... Se pusesse uma música, seria a do Pedro Barroso : "Olha a perninha, e a perninha da menina..."

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Banha da cobra

Ok, papelada entregue no centro de emprego! Perspectivas de trabalho? Algumas, o que perante as notícias de hoje, já é muito bom.
O meu post hoje vai apenas falar do conteúdo das caixas de correio virtual, ou da porcaria que circula na net, mais concretamente o dito spam. Na minha caixa do google, todos os dias tenho um série de anúncios a produtos para aumento de pénis, e outros produtos afins. Não entendo como conseguem enganar homens e algumas mulheres que compram tal coisa porque acham que a "ferramenta" do companheiro não tem o tamanho desejado. Quando é que as pessoas vão perceber que tamanho não é tudo? Quando é que vão perceber que a habilidade para usar a "ferramenta" é que conta? De que serve uma "coisa" grande, se depois o serviço não presta? Enfim, a banha da cobra sempre teve adeptos, e com isto, não é diferente. Não vou falar da minha experiência, até porque não vem ao caso, mas coitado de quem se deixa enganar a pensar que vai ter algo maior no seu corpo, quando já cresceu tudo o que havia para crescer...
Ás caixas de correio virtual chega cada coisa..., só quero ver quando começarem com a estratégia dos panfletos nas caixas de correio normal, é ver o pessoal a esconder rapidamente os panfletos com a "oferta", para encomendar depois secretamente, é ver as velhas com um sorriso de esperança, até á desilusão de perderem umas massas da reforma, sem verem a "coisa" crescer,
lol.
E agora vou dormir, que a vindima ainda não acabou, e ainda há massa de pimento para moer á tarde...

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Os carimbos...

Ok, estou oficialmente desempregada. Amanhã no meu posto de trabalho, vai surgir uma nova cara, com um contrato precário, e que como é obvio, não vai dar meia para a esquerda. Mas a merda de país que temos é assim. E eu lá vou para a fila do centro de emprego, entregar os papéis, e depois esperar que se dignem depositar-me mensalmente, a porcaria do ordenado mínimo, enquanto não houver uma empresa que se digne a contratar alguém com vontade de trabalhar, mas que não lambe o cú aos superiores. Vou ter de andar á procura de trabalho ( coisa que eu faço sem problemas, pois pretendo mesmo trabalhar), e arranjar três "carimbos" todos os meses para provar que fui mesmo á procura de trabalho. O caos está, no facto, de que já há empresas que se recusam a carimbar os papéis, e que não há trabalho. Nem no campo, quando terminar a vindima, é a merda total.
Agora vou dormir, que amanhã vou arranjar uns trocos, na vindima, sempre são livres de impostos, e sempre dão para o dia a dia, e á tarde vou então tratar da papelada, em vez de ir por o "canastro" a descansar do esforço dispendido.