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terça-feira, 28 de abril de 2009

Outra direcção...

Ela anda nervosa. As novidades da sua vida não seriam nada de espantar, não fosse ela nunca ter sido uma mulher de cativar muitos homens. Agora sem perceber como, as coisas mudaram, não lhes dá troco, mas acha uma certa graça. Se calhar é da idade, ou da autoconfiança em si que ganhou. Não se exibe, mas percebe muitas vezes que não passa despercebida. Sabe com toda a certeza qual o seu ponto forte... os olhos azuis. Muitas vezes tem de conter o riso, ouve piropos que a fazem sorrir, outros que lhe dão a certeza que na sua idade está muito melhor do que esteve aos 25 anos. A maturidade talvez seja a sua melhor aliada. Por outro lado sente-se uma garota. Não percebeu ainda com uma nova história deu uma reviravolta de 180º graus na sua vida. Ainda tem dificuldade em perceber como se desenrolou no curto espaço de tempo, a empatia, como em pouco tempo tudo passou do 0 a 100. Sente-se uma garota, que está a aprender a caminhar nos meandros das relações maduras, entre duas pessoas adultas que sabem o que querem uma da outra, mas que não definem um caminho a seguir, apenas se deixam levar pelo vento, enquanto os for levando na mesma direcção. Não estão preocupados se o vento mudar e cada um for levado noutra direcção. O sentimento é calmo, pode ser um amor, mas um amor adulto como tantos outros, mas que não tem um caminho traçado. Ela sabe que o amor da sua vida não é este, este foi apenas um acaso que se tornou num acaso feliz. Ela sabe que pode amar de formas diferentes, como agora. E tudo começou por um par de algemas que nunca existiu, mas que mudou todo o rumo de um texto, todo o rumo de uma história.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Instinto

Ela anda senão feliz, pelo menos satisfeita. Não que a vida lhe corra bem, mas não pode dizer que corre mal. Encontrou motivos que pelo menos activaram uma parte de si que pensou estar condenada ao fracasso. Agora tem algo que a estimula, mentalmente, que a faz sorrir, que a traz num estado de alma tão calmo, como calmo pode ser um dia de primavera com sol e flores no campo. Já não quer sequer saber onde vai acabar mais uma história, simplesmente limita-se a vivê-la um dia de cada vez. Gosta das conversas que terminam com risadas de boa disposição, das conversas que terminam porque não há tempo, mas que terão continuação no dia seguinte e no outro e no outro ou quando houver tempo. Gosta de ser suavemente surpreendida pelas palavras inesperadas duma mensagem fora de horas, gosta de ser surpreendida pela manhã quando abre o computador, pelos beijos enviados a meio da madrugada, gosta de ser lembrada das formas mais inocentes e das formas mais cómicas, apelando aos sentidos mais instintivos do ser humano. Pela primeira vez deixa-se guiar pelo seu instinto, mesmo não sabendo onde a leva, e mesmo que não a leve a lado nenhum já valeu a pena por uma imensidão de coisas tão simples como saber que algures numa cidade meio distante existem pessoas que lhe provocam um sorriso só por existirem e terem passado pela sua vida ainda que por breves momentos.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Tempo para sorrir

O tempo decorreu, o tempo segundo dizem tudo cura. Parece ser verdade, passado algum tempo ela já se sente muito melhor, está mais animada, e já começou a dar uns passos em frente. Afinal, de nada adiantava o mal estar que sentia, não ia resolver nada e só a estava a martirizar mais, ele não valia o sacrifício. Agora ela percebe que só saiu a ganhar. Está mais forte, mas decidida, e agora mais que nunca sabe onde quer chegar, e onde pode chegar. Agora tem a certeza de que é uma mulher forte e bonita, muito bonita por dentro, (e por fora, pelo que ouviu recentemente). Ela cresceu, já não se deixa encantar com sorrisos e promessas. Fez amizades, algumas nem duraram mais que o tempo que levou a dizer não, que não está interessada em ter namorados, e isso não se podem contar como amizades. Outras, ficam, valem pelo respeito que se tem pelo outro, valem pela amizade que pode ir crescendo, pelas conversas tolas, pelas risadas de satisfação e valem pelos sorrisos que provocam, pelos sorriso que ela consegue provocar. Ela não está no mercado, diz ela. Agora é mais difícil ser conquistada, porque criou uma carapaça que a protege, quase impenetrável. Sabe que um dia, vai abrir a guarda, mas não para já, ainda tem alguns cacos para juntar. Quem sabe ela abre a guarda se a ajudarem a juntar os cacos, pensa ela quando lembra o dia anterior... recua um pouco no tempo, e lembra-se que terá de aprender a portar-se menos bem... afinal porta-se bem demais... Solta uma gargalhada interior e um sorriso enorme abre-se no seu rosto, mas fica com dúvidas se voltará a acontecer, voltará ela a ter um dia assim? Tudo pode acontecer, ela não sabe, vai deixar correr ao sabor do vento, vai deixar que o tal tempo que tudo cura, também possa ser o tempo dela, o tempo para ser feliz.

sábado, 18 de abril de 2009

Desafio


Tenho andado meio desaparecida da blogosfera, o que não impediu a Stiletto de me desafiar.
Como manda a tradição nestas coisas, vou responder claro.

O desafio consiste em:
Pegar no livro mais próximo;
Abrir na página 161;
Copiar para o blog a 5ª frase completa dessa página;
Desafiar 5 blogs.

Bem o livro que estou a ler, sinceramente ainda não passei do primeiro capítulo, falta de tempo, ou inércia, não sei. "Nunca me esqueças" de Lesley Pearse

"Ficou chocada quando as mulheres lhe mostraram vermes e insectos que desenterravam de tocos de árvore apodrecidos."

Bem, isto de ter de desafiar é que me deixa assim meio, assim meio... mas vamos lá ver quem são os nomeados:

Espuma (ah, ah, ah, não calhou de uma maneira, foi de outra)

Ups, são apenas quatro, mas pronto, já fiz a minha parte, agora toca de fazer a vossa.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um passo adiante...


Ela pára um pouco, para pensar nos acontecimentos da última semana. Podia estar numa situação diferente, mas o medo fê-la travar. De que lhe adiantou estar com medo, e medo de quê? De ir em frente com a sua vida, de fazer novos amigos, de voltar a sofrer? Por outro lado, pode verificar que na realidade as pessoas, todas, tem um lado oculto, que podem revelar mais cedo ou mais tarde, e se calhar até foi bom ter-se deixado ficar, voltou a ver o lado negro de outra pessoa, mas desta vez não sentiu dor, nem nada, não tinha vínculo nenhum. Serviu para perceber que não tem pressa, que a vida é feita de pedaços que se vão juntando dia a dia e não tudo de uma só vez, porque assim vão haver pontas por fechar, vão haver brechas pelo meio que poderão ser irreparáveis. Agora está por sua conta a nível pessoal. Não que seja mau, mas tem o seu lado menos bom. Já sentiu o gosto amargo da solidão. A decisão que terá de tomar, de ir viver só está a tornar-se complicada. Uma casa, quatro paredes e apenas ela, é assustador. Bastou ter saído sozinha, para comer um hamburguer, e ir ao cinema, para perceber que a solidão é uma companheira cruel, que a noite ajuda à crueldade da solidão e as duas juntas, são uma grande batalha a enfrentar. Ainda tem muito caminho a percorrer, não tem pressa de o fazer, sabe que vai encontrar obstáculos, que tem de transpor.

Amor é....


O amor é como a relva! Semeamos, ela cresce, mas sempre vem um(a) vaca (boi), que estraga tudo!
ahahahahahhahahah! ;)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O caminho certo...

Ela sente-se melhor, ainda não recuperou do tombo, mas já tem outra perspectiva da sua vida. Ainda tem vontade de se isolar do mundo muitas vezes, mas pelo menos já suporta a presença de outras pessoas e já consegue sorrir e brincar com as palavras e com a situação. A sua auto-estima está em recuperação e já sente vontade de se arranjar novamente, embora a imagem que o espelho devolve ainda esteja longe de ser a que gostaria. O seu rosto ainda surge apagado, o seu olhar ainda é triste, ainda está longe do brilho que outrora faíscava no azul e verde que tantas vezes deixava confusas algumas almas com que se cruzava. Ela jura que irá recuperar cada grama perdido, que o seu sorriso voltará a ter brilho e que os seus olhos voltarão a ser tão enigmáticos como sempre. Já nota os resultados recentes do ginásio, e isso agrada-lhe, está no bom caminho. Jura a si mesma que nunca mais vai desleixar-se consigo, não volta a cometer alguns dos erros que cometeu nos últimos dias. Jura que vai chegar aos "entas" com o corpo que tem hoje, como se tivesse agora 25 anos. Disso pode-se gabar, tem a imagem de uma garota, e é assim que pretende chegar á próxima década, sem rugas, sem acusar o peso da força de gravidade nos seus músculos. Vai dar tempo a si mesma, sabe que não recupera todo o seu vigor de um dia para o outro, mas o exercício no ginásio está a tornar-se viciante, e já não passa sem esse tempo para si. Hoje sabe melhor que nunca o que quer e onde pretende chegar, já não se deixa levar por sorrisos bonitos e conversas sempre iguais, sabe de antemão que a cartilha que todos leram é a mesma, e que quando existe interesse real nas pessoas não há pressas. Agora sabe dar ao tempo, o tempo que verdadeiramente tem.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

De mal a pior...

Quem é que disse a estes senhores que não podendo trocar um medicamento de marca por um genérico, eu vou querer saber de quanto era o preço do outro... se não posso trocar, vou lá querer saber quanto é que ia poupar. Só se for para ficar mais doente.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Duas faces.


Ela não sabe, quer sorrir, mas não consegue! Quer gritar, nada sai. O sol não a ilumina. A vida que antes lhe corria nas veias, subitamente desvaneceu. Bateu no fundo. Quer emergir, mas as forças não mais fazem parte dela. Sente-se cansada. Não pergunta porquê, nem quer sequer saber. Não interessa, ela apenas quer sentir de novo a vida que tinha, e não consegue. Precisa chorar, chorar de novo, libertar-se dessa dor, que mais não é que um peso, de que terá de se libertar para seguir em frente. Nem sabe o que procura em cada palavra amiga, em cada incentivo. Não acredita em mais nada, porque nada faz sentido. Tudo lhe soa a falso, não volta a acreditar. Mantém-se fiel aos seus princípios, aos seus ideais, antes uma verdade que magoa, que uma mentira piedosa. A máscara caiu... e agora conhece as duas faces, e já nenhuma a seduz.