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terça-feira, 31 de março de 2009

As lágrimas, afinal...

Ela deitou-se, e chorou! Chorou tudo o que havia para chorar, embora chegasse a chorar sem lágrimas, estava seca, mas logo percebeu o ponto em que estava. Estava no chão, daí para baixo nada mais havia, portanto agora teria que subir. Percebeu que não tinha perdido nada. Ele não tinha sequer chegado a gostar dela, quanto mais a amar, ela não tinha passado de um jogo nas mãos de um garoto. Ela tinha uma certeza, que guardou apenas para si, e sorriu, sorriu após alguns dias de tanto sofrimento. Ainda haveria de ser feliz, sozinha, ao lado de alguém, não queria saber, de uma coisa tinha certeza, nada tinha perdido, a vida tem razões que a razão desconhece, e o mundo dá muitas voltas. Sabia que ainda iam haver dias maus, mas estava preparada para eles, já não seriam novidade. A dor continuava por lá, mais serena, ainda pronta para emergir a qualquer momento se alguém tivesse a ousadia de a despertar, mas ela ia dar troco, afinal o que não nos mata, torna-nos mais fortes.

4 comentários:

natucha disse...

Estás a ver já gosto mais desse pensamento mais positivo, essa nao podia ser aquela miuda bem disposta que ta sempre a rir. E a fazer que os meus dias de trabalho sejam um pouco mais animados.Eu sabia que a força nao tinha fugido apenas saido de cena por um tempo. Muita força porque quem ta a precisar de colo sou eu. Natucha

stiletto disse...

Assim é que se fala, blue eyes. A tua frase final também é a minha filosofia de vida, o que não nos mata só nos torna mais fortes. Como te disse, tens que fazer o luto. Ainda virão dias de escuridão mas tu serás capaz de fazer o sol brilhar.

blue eyes disse...

Bem miga, sei que agora precisas de colo, mas a força também está desse lado, já passaste pela pior de todas as provas. Agora só tens de pensar positivo, porque como eu te disse, já passei por isso há 9 anos. Basta pensamento positivo e muita vigilância, e vais ver que não é nada, são coisas de gajas, e todas passamos por elas em algum momento da vida, fazem parte nosso ritmo biológico. Encara como um desafio à tua resistência, e à tua capacidade de autocontrolo. E conta comigo se entretanto tiveres mesmo que te descontrolar, ou ir abaixo e aí choramos as duas, eu pelo desgosto e tu pela tua rica, digamos, bolsa com pipo.
bjs

blue eyes disse...

Bem a fase do luto vai dar luta, vou regressar ao trabalho e vou ser inquirida sobre o assunto, vou mesmo ter de aguentar forte. Nada que não passe. O sol irá fazer-se notar, quanto mais não seja antes de uma trovoada, e eu já tenho onde me esconder se ela aparecer, no colo dos amigos, nos mimos do meu gato e da minha cadela, que perceberam que estava mal e me tem mimado mais que nunca.