Pesquisa personalizada

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Números

Ora bem, hoje em dia tudo muda, agora é daqui a pouco não é, depois volta a ser novamente. Tudo muda á velocidade da luz, quer seja o clima, a cor do dinheiro, ou as relações entre as pessoas. Agora que decidi ir definitivamente morar sozinha, o meu trabalho, que sempre foi precário, o facto de ter um contracto, não me dá garantia de nada, tem prazo terminado a 1/10. Eu sempre soube que iria ser assim, mas chateia-me o facto de neste país sermos números e como tal somos tratados. Fazemos parte das estatísticas, quer estejamos a trabalhar ou desempregados. Se trabalhamos fazemos parte do X de população activa, se estamos desempregados, fazemos parte do X % de desempregados. Ora somos números quando deveríamos ser cidadãos, com direitos, e não apenas com deveres. Acho muito bem, que tenhamos de ser nós a procurar trabalho, em vez de se estar em casa a ganhar cu (engordar sem nada fazer), á espera da miséria do subsidio. Pelo menos a mim essa parte não afecta, pois sempre fui eu que procurei trabalho pelos meus meios, nunca fiquei á espera das ofertas do centro de emprego. Já estou á procura de trabalho, desde inicio deste mês, mas caramba, num país que nos trata como números, como se de um rebanho de ovelhas se tratasse, é uma tarefa complicada, porque não se preocupam em "criar pasto para as ovelhas produzirem". Depois vem falar que temos baixa produtividade, se não temos onde e como produzir, como vamos inverter a situação? Estes desgovernos, que nos desgovernam sucessivamente, só se preocupam com os tachos para eles e os amigos e com os ordenados chorudos que podem auferir enquanto o tacho durar e encher os bolsos á conta dos descontos dos que trabalham. Estou confusa, e acho que muito escrevi, mas nada de concreto consegui dizer. Afinal, vou ser um número, para o estado, para a segurança social e um problema para mim mesma, que não gosto de estar sem trabalho, e a merda que me vão pagar, (que em abono da verdade será o ordenado minímo, que é quase o mesmo que ganho a trabalhar), não chega para eu poder sair deste "moquifo", antes de dar em doida. E tudo isto, se tiver 540 dias de descontos, porque se não perfizer esse total de dias, ainda vou ganhar o ordenado minímo de 2004, que foi a última vez que fiz um "contrato" com o desemprego e que não gastei todo, porque sempre procurei trabalho. Aiiiiiiiiiiiiiiiii.

Sem comentários: