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sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Engordar o porquinho.

Só agora percebi porque é que, até agora, ainda não dei em doida. Porque tenho a praia, o mar e a serra. Sim, e por poder desfrutar dessas maravilhas que a natureza concedeu a quem por aqui vive, eu vou conseguindo manter a minha sanidade mental. Mais uma vez, fui até lá, levei o meu livro e sentei-me na areia a desfrutar daquela paz, do som do mar. Quem por ali está, deve pensar que eu sou doida, afinal o livro é hilariante e, eu levo o tempo a rir, sozinha, mas faz-me tão bem. Pena que o tempo mudou rapidamente, e tive de vir embora. A minha vontade era vestir o bikini, e ir para a água, porque nem estava frio, apenas uma chuvinha fina, e a água estava melhor que no Verão, mas, tinha mesmo de vir para este "buraco", a que chamo de casa. Ai se eu vivesse sozinha.... de certeza que tinha molhado o esqueleto, não tinha horário para chegar em casa, e podia fazer o que entendesse com o meu tempo, mas, mesmo não tendo horário para chegar em casa, viver em casa dos pais, tem os seus inconvenientes, e lá me pus a caminho. Tão cedo não vou poder deixar de fazer esta terapia com frequência, ou aí sim, vou endoidar de vez. Vou estar desempregada, e isso é uma coisa que me põe fora de órbita, mais o facto de estar a demorar para conseguir por as coisas em ordem na minha vida. O tempo parece parado, e eu sou impaciente, é tudo para ontem, e quem me conseguia fazer abrandar, já não está mais aqui, há muito tempo, quem sabe até nunca esteve, foi apenas ilusão minha. É o carro, que estou a demorar para encontrar, é a casa que não sei se vou conseguir ficar com ela, são estas pessoas com quem vivo, que de dia para dia, me identifico menos com elas. O futuro é uma incerteza, no qual eu estou disposta a apostar todas as minhas fichas, e arriscar perder ou ganhar. A certeza de que quero sair daqui, ter o meu espaço, mesmo que para isso tenha de enfrentar a amargura da solidão das quatro paredes em que me enfiar, não me deixa desistir.
E agora, vou deixar-me de lamentos e deitar, que amanhã, vou cumprir um dia de vindima, pois é, se quero sair daqui, não posso descartar certas hipóteses de engordar o porquinho.

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