Pesquisa personalizada

quarta-feira, 12 de março de 2008

A carta (final)


(continuação)


Não percebo, o porquê de me iludires, parecias ser sincero comigo. Não percebo o porquê das mensagens em que me chamaste amor, que eu achei precipitadas, mas nunca te disse, não entendo de todo, as palavras que me fazias chegar todos os dias, que afinal, não eram verdadeiras. Eu odeio o Natal, e tu fizeste-me acreditar que um dia podia gostar desta época. Agora ainda odeio mais.
Também sei que as circunstâncias da vida por vezes alteram as relações entre as pessoas, mas aqui, as circunstâncias em nada contribuíram. Ainda me ecoam as últimas palavras que ouvi directamente de ti, numa fria manhã de Maio. Nessa manhã, percebi, que eu já não era mais motivo de interesse. Na noite anterior, já tinha percebido… a distância… E foi essa distância que, me levou a cometer aquele que eu acho que foi o maior erro da minha vida. Prefiro pensar que foi esse erro, que fez com que tudo se desmoronasse. È mais fácil, para mim pensar que fui eu que provoquei o teu afastamento, pela minha criancice. Nunca me disseste porquê, que me podias magoar mais se o fizesses. Magoou, muito mais não perceber, não saber o porquê… Para quem dizia não ter intenção de magoar, também não evitaste de o fazer. E eu fiquei sem perceber. Existe um ditado que diz que nunca devemos dizer nunca, mas eu digo, o que se passou nunca vou saber… essa será para sempre uma dúvida que vai existir dentro de mim… Lamento o meu erro, sei que para ti, só se erra uma vez, mas será que nunca erraste? Será que nunca pediste desculpa por um erro teu?
Hoje ainda me é difícil viver sem sentir o teu perfume, o calor do teu corpo, o sabor da tua boca. De todas as vezes que me deito numa cama acabada de estender, lembro-me de cada vez que o fazia contigo…
Um dia sei que vai diminuir esta mágoa, mas agora ainda é difícil, viver um só dia em que não me lembre do que vivi.
Apesar de tudo isto, desejo que sejas feliz! Sim, desejo-te toda a felicidade do mundo, e que nunca ninguém consiga magoar-te.
Esta mensagem atiro-a ao mar, que sempre foi meu confidente, o mar a levará onde quiser.

Estas são as palavras que nunca te direi:

Quero-te!
Amo-te!

Ficou o meu desabafo, para sempre tua A.


( esta mensagem foi mesmo lançada ao mar dentro de uma garrafa, qual o seu destino jamais se saberá... serviu como desabafo de uma alma inconformada, a quem o mar roubou o coração, e o entregou a uma estrela do mar...)

Sem comentários: