Bom, lá consegui fazer algumas das coisas que tinha planeado, e claro fui ver o mar. Que falta me fazia. Não deu para estar muito tempo, a noite estava já a cair e tinha outras coisas que não podiam passar de hoje, portanto foi apenas um pouco de Paz nesta mente perturbada que é a minha por estas alturas. Mas foi bom, ter lá ido depois das 17h, o sol já estava quase escondido por trás da serra, mas o mar estava tão calmo, e tão vazio, que quase não se percebia aquela sujeira que foi trazida pelas ondas de inicio de Outono, muito caniço seco, que se acumulou na areia com as marés de Setembro, e que agora lá permanece bem ao cimo da areia. Deu para ligar o portátil e escrever qualquer coisa que ficou por terminar, mas que por agora não tem pressa de ser feito. Os compromissos e a mana que telefonava a cada 2 minutos, fizeram-me arrumar a "trouxa" e vir embora. Mas a Paz interior que trouxe comigo valeu a pena. Sei que a Paz não vai durar, pois, já percebi o porquê do meu estado dos últimos dias. É o síndroma do Natal. Até 4 ou 5 de Janeiro do próximo ano, vou andar neste estado. Eu tento contrariar, mas é mais forte que eu, não consigo passar por isto de outra forma. Todos os anos é assim, e este será ainda pior, por algo que aconteceu no ano passado, que me fez pensar que eu poderia um dia vir a gostar desta época, mas como a vida é uma merda, e algumas pessoas também, eu detesto mesmo todo este tempo até ao inicio do ano. Eu gostava mesmo era de me poder esconder por esta altura, hibernar até tudo isto passar. Faço votos de que no próximo ano, já esteja na minha casa e então vou hibernar qual urso polar, dentro da sua gruta. Não quero ver ninguém, vou estar fechada no meu mundo de solidão, mas Natal, para mim é mesmo isso, tempo de hibernar.
Até passar a crise vou tentar ir mais vezes ver o mar, levar o portátil, escrever mais um pouco do meu livro, e de outras coisas que a mente vá ditando.
Fica esta imagem do dia, mas ainda tenho de aprender a tirar melhor partido da máquina fotográfica.
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